Como andar com a pendura sem ficar "pendurado"?


6 dicas que não devem ficar para trás.


Viajar com pendura é mais uma forma de partilhar o caminho: as curvas, as paisagens e os cheiros que vão surgindo pelo caminho. Mas antes de viajar convém haver sintonia, para que tudo corra sobre rodas.

A conversa.


Antes de começar o percurso (sobretudo se for a primeira vez que se partilha a moto com o/a pendura) convém esclarecer pontos prévios, sobretudo como colocar a cabeça, o comportamento que o/a pendura deve ter em curvas, onde se agarrar, como entrar e como sair da moto. Tudo para que a viagem seja melhor para os dois. 


Equipamento a rigor.


O capacete é mais que obrigatório. Mas além deste, convém vestir um bom casaco, usar boas luvas, umas botas próprias e, se possível umas calças ou joelheiras. Não andamos de moto para cair, mas se isso acontecer ninguém quer um(a) pendura aleijado/a.

Não vamos ser daqueles motociclistas equipados a rigor e em que o/a pendura vai de t-shirt e calçado impróprio, certo?


"Entrar" na moto.


Ninguém entra na moto, pelo simples facto de que ela não tem portas. Ou janelas.
Mas entrar na moto pode ser um problema, mesmo antes de começar a viagem.

O/a pendura deve entrar pela esquerda da moto depois da ter autorização para o fazer. Pôr o pé esquerdo no poisa-pés, passar a perna direita por cima da traseira da moto e pousar o pé direito. Já bem sentado é que se pode ligar o motor e gozar a viagem.


Posição na moto.


Como se deve sentar na moto? Como colocar os pés nos poisa-pés? Qual a melhor posição nos joelhos? E se estiver cansado/a, como fazer?

Mostrar ao/à pendura como se deve colocar na moto é mais um passo para que a viagem seja mais tranquila para os dois.

As posições podem variar de acordo com o estilo de moto: umas são mais agressivas e outras mais tranquilas - há até aquelas que parecem autênticos sofás para o/a pendura.


Comportamento em curva.


Não é o da moto, claro está. Mas o/a do/a pendura. Estar a fazer uma curva e o/a nosso/a pendura mexer-se não é nada agradável e pode ter consequências indesejadas. O melhor é combinar sinais para quando o/a pendura se puder mexer para ajustar a posição na moto, por exemplo.

Em curva, o/a pendura deve acompanhar SEMPRE o corpo do/a condutor. Fazer contrapeso (inclinar-se para o lado contrário) prejudica o equilíbrio de todos e leva a situações perigosas. A minha sugestão é o abraço (não demasiado apertado). No início pode ser a melhor forma de o/a pendura perceber como deve acompanhar o condutor.



Comunicar em andamento.


Já há quem não viva sem o intercomunicador. Ele permite ouvirmos as indicações do GPS, rádio ou até música "planeada" para o caminho. E serve para conversarmos com o/a pendura. 

Quem prefere viver sem intercomunicador pode fazer uma de duas coisas: ou gritar bem alto - e ficar sem voz no final da viagem, se esta for longa; ou pode combinar sinais. Toques no ombro, na perna ou nas costas podem ter o significado que quisermos.

Atenção a quem utiliza o intercomunicador. Em Espanha, a lei é dúbia ao ponto de ter conhecimento de pessoas que já foram autuadas. E outras a quem isso não aconteceu. Convém ler o que se diz por lá ou contactar associações locais para esclarecimentos.



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Fotos via ebay, pixabay e unsplash.

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