8 viagens de moto na nossa terra



Viajar de moto em Portugal, ou dar apenas uma voltinha para "esticar as pernas", é uma das melhores formas de descobrir o país. Não somos grandes em área, mas temos imensos recantos, estradas e paisagens para descobrir de moto.



Depois de muitas viagens "cá dentro", selecionei algumas estradas – e são apenas algumas – que podemos fazer. Selecionei 8 estradas que podem servir de inspiração para uma saída de moto... talvez no próximo fim de semana, quem sabe?

É altura de encher o depósito e começar a viagem.

Norte

Monção - Paredes de Coura - Ponte de Lima (via Corno do Bico)
57 km

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Uma pequena volta por estrada ladeadas de árvores, paisagens de montanha e pela zona protegida do Corno do Bico. A viagem vale pelas paragens no Palácio da Brejoeira, onde se pode conhecer a história da família que deu nome a um dos vinhos mais conhecidos em Portugal.

Paredes de Coura é paragem obrigatória para relaxar na Praia Fluvial do Taboão, conhecida por ser a morada do Festival Paredes de Coura. Daí segue-se em direção à Paisagem Protegida do Corno do Bico. Não há sítios específicos onde parar. O conselho é parar na berma e tirar as fotos da paisagem.

Depois é seguir até Ponte de Lima, para um arroz de sarrabulho.




Ponte de Lima - Ponte da Barca - Soajo - Lindoso - Vilar da Veiga
95 km

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Nas margens do Rio Lima desenvolve-se uma estrada muito engraçada para nós, que gostamos de andar de moto. A Nacional 203 leva-nos por Ponte da Barca, Soajo (é um desvio) até ao Lindoso e a Espanha.

Como estamos no Parque Nacional da Peneda-Gerês, é obrigatório parar no Soajo e apreciar os espigueiros. A paisagem até lá é verde e fresca, ótima para a primavera. Depois do Soajo é o Lindoso. Mais uns espigueiros que ficam fotografados e segue-se até Espanha. A estrada é muito, muito agradável. Dá mesmo prazer curvar.

Entramos em Espanha uns quilómetros para voltar a sair pela Portela do Homem. E depois percorremos (devagar) a Mata de Albergaria até Vilar da Veiga - atenção que é proibido parar neste percurso.




Póvoa de Lanhoso - Venda Nova - Chaves - Vinhais - Bragança
209 km

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A Nacional 103 é uma estrada que se come bem. Primeiro porque estamos em terras do barroso, onde a carne é rainha. E depois porque as curvas são tantas que vai ser difícil alguém enjoar com as retas.

As passagens/paragens obrigatórias são a Ponte da Mizarela (é um pequeno desvio), as barragens da Venda Nova e do Alto do Rabagão.

Depois é deixarmo-nos embalar pelas curvas até Montalegre, Chaves, Vinhais e Bragança. Quem vive mais a norte usa muito esta estrada antes de ir, ou no regresso, para os Picos da Europa.




Mogadouro - Freixo de Espada à Cinta - Barca de Alva - Figueira de Castelo Rodrigo
86 km

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Viajar de moto no Parque Natural do Douro Internacional é sempre um prazer. Pela paisagem, pelo percurso e pelas curvas.

Deste trajeto destacam-se as curvas entre Freixo de Espada à Cinta e Barca de Alva. Um balançar constante, numa estrada em bom estado e com as curvas bem delineadas. São muitas a motos espanholas que passam, seja no sentido norte-sul ou sul-norte.

Em Figueira de Castelo Rodrigo é obrigatória a subida ao Castelo e percorrer as ruas estreitas.



Centro

Seia - Alvoco da Serra - Loriga
64 km

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Começar no queijo e terminar na piscina natural.
Para quem gosta de curvas, serra e paisagens este percurso tem de ser feito. A zona do Parque Natural da Serra da Estrela está cravejada de estradas com curvas, perfeitas para se fazer num fim de semana.

Este trajeto acaba em Loriga e na sua praia natural. A água é fria, mas torna-se perfeita para descansar.




Penacova - Góis - Sertã - Centro Geodésico de Portugal (Vila de Rei)
111 km

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Cortada pela Nacional 2, esta zona brinda-nos com curvas, contracurvas e muito que ver. À data em que escrevo este texto, a zona está a ser devastada, mais uma vez, por um grande incêndio. Uma zona em que o verde era predominante está a transformar-se numa mancha cinzenta.

Neste percurso, sugiro uma visita à praia fluvial e às aldeias do Xisto na zona de Góis e, obrigatoriamente, a subida ao Centro Geodésico de Portugal, em Vila de Rei. Aí, vale a pena parar, fotografar e descobrir a direção de alguns pontos importantes do nosso país.




Castelo Branco - Vila Velha de Rodão - Nisa
46 km

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Entrar no Alentejo em curva.
Esta pode ser uma das definições para este percurso. Sair de Castelo Branco, passar nas Portas do Rodão e ver o Tejo a "esgueirar-se" entre as margens que o apertam é único.

E depois seguir para o Alentejo. Lembro-me perfeitamente da primeira vez que fiz esta estrada. Quando apareceu a placa a anunciar a entrada no Alentejo pensei logo que "os pneus iam ficar quadrados". Esperava retas intermináveis, um "adormecimento" em cima da moto. Enganei-me. Estes quilómetros são de diversão, com curvas e contracurvas até Nisa. Aí é obrigatório parar para um queijo da terra e um pão alentejano.



Sul

Almodôvar - São Brás de Alportel
75 km

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De volta à Nacional 2. De volta às curvas e à diversão. Confesso que quando a fiz não olhei para a paisagem. As curvas são divertidas ao ponto de não tirarmos os olhos da estrada. E assim se segue até entrarmos no Algarve e ao último marco da nossa "Route 66".

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