10 coisas a não fazer à moto.

Comprar e ter uma moto é para muitos uma conquista. Pensamos antes de a comprar, lemos sobre motos, pesquisamos sobre o seu comportamento, revisões ou consumos. Mas depois de a termos, por vezes, não as tratamos da melhor maneira. Como a tratar sempre bem, para que esteja impecável, tal e qual no primeiro dia? É fácil, basta evitar fazer-lhe mal. :)


01. Corrente com folga


Para as motos que usam corrente, manter a tensão correta é essencial para não desgastar em demasia as várias partes que compõem a transmissão (pinhão de ataque, corrente e cremalheira). Além de atuar na transmissão, a corrente também auxilia na suspensão traseira.

O manual da moto deve referir a tensão certa da corrente. Em regra, a folga da corrente deve ser verificada com a moto no descanso laterial. Ou com a ajuda de alguém, para que se sente na moto e recrie as condições de circulação.

E já que falamos de corrente, é bom que ela esteja lubrificada. Um truque usado pode ser o do "brilhar". Se a corrente brilha é porque precisa de ser lubrificada.



 02. Pintura personalizada


Quem não gosta de uma moto à sua imagem? A personalização das motos é perfeita para alguns tipos de moto.

Mas atenção que pintar a moto completamente pode diminuir o preço de revenda da moto, além de custar uma fortuna (as que são bem feitas, claro está).

03. Parafusos demasiado apertados

Há quem diga que os parafusos devem estar aparafusados até quase partirem. Nada mais errado. Os parafusos têm pressões de aperto próprias que devem ser respeitadas. Ter uma chave dinamométrica e o manual de aperto dos parafusos pode salvar de muitas complicações.

04. Sujidade

A moto suja pode dar estilo. É verdade que as motos offroad e as "trail" podem ficar bem com um bocadinho de lama. Mas a sujidade é inimiga da pintura e dos elementos mecânicos da moto. Ela contribui para "secar" mais a moto (suspensões, fechaduras, bainhas, etc.). O resultado é uma moto com um aspeto deteriorado. Especial alerta para quem vive ou circula perto do mar. Para estes casos, as lavagens devem ser feitas mais vezes, para evitar parafusos enferrujados, plásticos baços ou pele de banco quebradiça.

05. Ferramentas baratas

Quem é adepto do "do it yourself" saber que um conjunto de ferramentas de boa qualidade é o primeiro passo para se trabalhar bem a moto. Ferramentas baratas vão-se desgastar mais depressa e vão danificar parafusos ou porcas da moto, entre outros componentes.

06. Pneus em mau estado

Os pneus são o nosso ponto de contacto com o chão. Pneus baratos ou em mau estado podem ser a causa de acidentes, por isso é bom estar atento. Os pneus influenciam também o consumo da moto – até já falámos sobre isso.

Depois existem os gostos. Como existem muitos tipos de pneus para as motos, há quem goste mais macios, mais duros, mais cardados, menos cardados. Ou seja, há muito por onde escolher. O ideal é encontrar o pneu certo e manter a fidelidade.

Pneus com pressão abaixo do recomendado - instabilidade na travagem e em curva, sobreaquecimento e desgaste irregular.

Pneus com pressão acima do recomendado - menor contacto com o pavimento, condução instável e redução da vida do pneu.

Piso do pneu - pelo menos 1 mm, mas o melhor é substituir antes de chegar a este extremo. E se estiverem ressequidos, o melhor é trocar.

07. Estacionar (mal) a moto

Pode parecer fácil estacionar a moto, mas só para quem não anda nelas.

Quando a estacionamos devemos prestar atenção ao piso:
• se for irregular, o descanso pode ficar num pequeno buraco;
• se for numa rampa, a moto pode ficar demasiado inclinada ou nem inclinar;
• se for em terra, o descanso pode afundar.

Conheço alguns sítios para estacionamento de motos em que o espaço entre as pedras da calçada é suficiente para encaixar a biqueira da bota.

E depois há o resto: locais pouco iluminados ou com pouca circulação de pessoas podem ser um chamariz para a "magia" do desaparecimento de motos.

08. Bagagem mal posta

Há motos que saem do stand com o sistema de malas montado. Outras nas quais são montados sistemas de marcas conhecidas. Mas prender bagagem (nem que seja uma mochila) deve ser feito tendo em conta o aquecimento do escape e a movimentação dos vários elementos (suspensão, corrente, etc).

Uma cinta que se desprende ou uma aranha que rebenta podem ser causas de acidentes bem graves. Por isso é importante estudar bem onde apertar as fixações e verificar que estão em bom estado.

09. Vender as peças originais da moto

Muitas vezes alteramos os piscas da moto, montamos alteadores do guiador, um guiador novo ou um escape. Mas vender as peças originais pode desvalorizar a moto na altura da retoma, por exemplo.

10. Emprestar a moto

Eu vejo a minha moto como a minha escova de dentes. Não a empresto a ninguém. E se recordarmos o vídeo do jornalista que caiu com a moto numa marina, acho que se percebe porque é que emprestar é um risco.



Imagens: Unsplash e pexels




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